segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Lembranças, sonhos e histórias

Nossas lembranças são traiçoeiras e costumam se aproveitar de um pequeno momento de fraqueza para se transformarem em saudades. Quando você se da conta disso, tarde demais, já estará preso a esta tortura gratuíta que os sentimentos lhe proporcionam.


Não contarei nenhuma novidade aqui hoje, então não esperem por surpresas bobas e finais surpreendentes. Continua sendo o mesmo conto do príncipe encatado de coração partido, olhos inchados e esperanças destruídas.

Me lembro de te ver chegar e revirar minha vida no avesso, fazendo-me entender que este era o meu lado mais bonito. Um tanto quanto clichê e barato toda este conto, porém é a forma mais simples que eu consegui encontrar para definir os meus sentimentos perante a você, afinal sempre entre em colapso quando penso neles.

Tive um sonho, nele você segurava a mão de outra pessoa. Uma estranha que não conhece nenhum dos teu mais secretos segredos, estranha que acredita conhecer-te tão bem que nem se deu o trabalho de questionar quem eu era. E aí que vi toda a diferença, quetionei você a respeito de quem ela poderia ser, mas a parte mais difícil foi perguntar-te quem fui pra você.

Talvez eu seja apenas o caminho que você percorreu tentando se encontrar. Ou melhor, era eu o seu companheiro de viagem com mochilas surradas nas costas, cabelo bagunçado e olhos cansados. Que mostrava a curva certa onde virar, que explicava sobre os atalhos perigosos que você por um momento queria tomar. Acredito que fui mais importante que uma estrada qualquer de sentindo único.

Lembrei-me das noites em que o sono deixei de lado para poder te assistir dormir. Sorrisos que surgiam e me deixavam em paz sabendo que ali havia um sonho bom, ou quando seus lábios serravam, mostrando seu medo de um sonho pertubador. Nesta hora sempre soube que deveria te abraçar e sussurrar que tudo ficaria bem comigo ali. Confesso que sempre fui grande fã destes programas, era o seu mais fiel espectador, e ninguém me mudaria de ideia sobre isto.

Hoje o que tenho de você são lembranças. Estas que me fizeram sonhar. Mesmas que me fazer tremer ao ouvir seu nome, me fazem desistir de qualquer sentimento pequeno perante o que vivemos. A verdade é que te amei, amo ou amarei. Não sei ao certo em que tempo verbal eu deveria te conjulgar em minha vida. Única coisa que sei é que você sempre será a melhor parte que contei, conto e, ainda muito, contarei sobre ela.


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quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Último Dia

Era evidente que o fim se aproximava, talvez não pelos furacões que se espalhavam, ou por algum tremor de magnitude elevada que ocorreu em um lugar onde as placas tectônicas nem se encontraram, ou então pelos vulcões, que há muito adormecidos, resolveram despertar. O planeta gritava por socorro já há alguns anos, mas ninguém quis ouvir, exceto uma criança. Um garoto que resolveu, no auge de seus 12 anos, escrever uma carta. Que foi encontrada uma semana após a última data ter sido desmascarada como só mais um dia.


Oi, antes da última luz se apagar, resolvi colocar neste papel todas as mágoas que guardei comigo em tão pouco que eu pude viver. Não mencionarei meu nome, porque sei que estas mágoas não são somente minhas, mas também pode ser as suas. Tenho pouco idade para entender todo este problema que ocorre aqui, mas tenho muita coisa que precisa ser dita, e se não for hoje, neste último dia, nunca mais poderei dize-las. 

Nasci em uma época que comemoravam a chegada do novo milênio, que momento lindo e mágico deve ter sido para os meus pais, ter uma criança podendo viver as novidades que esta época traria, seria lindo imaginar. Porém com o tempo as coisas foram diferentes, sou uma criança bem educada, estudo em uma das melhores escolas, tenho ótimos amigos. Meu pai, que vejo muito pouco, tem um excelente emprego. Enquanto trabalha minha mãe gosta de passear e viajar com suas amigas, se dá férias 5 vezes ao ano, as vezes acho que ela vem em casa na mesma quantidade de vezes. Tenho uma irmã mais velha que costuma trazer alguns amigos para nossa casa. Também com este tamanho de lugar e vivendo, praticamente, sozinhos aqui o tempo todo, não tem como excluir a ideias de trazer o pessoal para ficar aqui.

Outro dia enquanto voltava da escola eu soube sobre a data que se aproximava, no momento não acreditei, deveria ser mais alguma brincadeira boba de meus amigos infantis. Talvez você esteja se perguntando como uma criança de Doze anos pode achar alguém infantil. Tenho certas responsabilidades que não me cabem, escolho minhas roupas, faço minha comida, cuido da minha irmã quase todos os dias em que ela acorda em meio a vômitos e drogas que usou na noite anterior. Nunca entendi o problema dela com estes narcóticos, consigo viver a vida sem precisar deles, é difícil toda a ausência que tenho de suportar, mas quando este conflitos querem me alcançar, procuro uma boa leitura para me distrair.

Voltando a falar sobre a tal data. Pesquisei um pouco sobre o assunto, claro que um comentário como este aguçaria a minha curiosidade, e então encontrei e li tudo o que podia sobre este assunto. Percebi que seria impossível na questão cientifica. Mas seria bem provável na mistica. Bom preferi não acreditar neste fim, gosto mais dos fatos como, realmente, são. E religiosidade nunca foi um fato para começar. Claro que mantenho minha religião e faço minhas preces. Noites de festas que rezo para que nenhum outro amigo da minha irmã entre no meu quarto e faça coisas das quais eu nem entendo ainda. Ou quando peço por um colo de mãe que nunca está presente, por um pai que entenda que não preciso mais de cartões e sim de sua companhia, ou para que toda aquela droga, que joguei fora no outro dia, não seja da minha irmã. Porém minha religiosidade resume-se a isto, pedir a alguém que proteja quem não posso proteger.

Existem tantas pessoas que não conseguem enxergar que o mundo já acabou há muito tempo, que vivemos em uma roda gigante parada, onde alguns se mantém presos la em cima e outros sempre abaixo. Você por acaso lembra da última eleição? Aquela que você votou no "Menos Pior" para a sua cidade, seu estado ou País? Você por acaso se lembra quando apontou o dedo para a mulher que roubou uma margarina, para sua filha que pediu por um "pão com manteiga", e agora passará anos presa enquanto o seu governante rouba todos os dias e continua em sua casa comendo seu Pão com Nutella ou o que for mais caro que isto? Ou da emissora que investiu milhões de reais para um jogador de futebol emagrecer, enquanto crianças pedem uma moeda para engordarem? É vocês nunca se lembram.

Talvez vocês se lembrem do último namorado da sua cantora preferida. Ou da música com letras degradantes que você cantou na noite anterior para alguma garota. Esta que na semana passada era a filha perfeita de seus pais, tinha tudo para se formar na faculdade, namorava e estava pronta para se casar. Mas abriu mão disso para ser mais uma "qualquer" se esfregando em algum cara que nem conhece. Talvez vocês se lembrem da camiseta legal que comprou ontem, que custava cinco vezes mais caro que a outra porque tinha um jacaré estampado no peito. Claro, jacarés são muito importantes, egos se alimentam deles. Vocês se lembram quando deram um último abraço em quem te ama? Sua família, seus amigos. Se lembram, por algum acaso, quando foi a última vez que disse a eles isto? A memória anda fraca.

O mundo acabou há muito tempo atrás. Numa época em que existia respeito, acabou quando o amor passou a ser secundário e dinheiro primário na vida de seres desumanos. Tudo é comprado, eu sei. Minha mãe compra sua felicidade enquanto vende o seu tempo com a família, minha irmã compra drogas, meu pai  compra o que eu quiser. Enquanto eu continuo aqui, procurando uma maneira de não comprar sentimentos, uma maneira de comprar uma solução para toda este vazio que minha vida tem se tornado. O mundo acabou quando os governantes desejaram ser merdas que detém o poder, quando os pais resolveram jogar seus filhos de janelas. Acabou quando o marido desejou muito mais além da sua esposa, quando a mãe deixou seu filho aos cuidados de uma lata de lixo. Acabou quando um idiota que se intitula Humano, prendeu seu animal com uma corda no carro e saiu correndo na estrada enquanto ele era arrastado pelo caminho.

Minhas lágrimas aqui hoje neste último dia, não são por tristeza, são por alegria de saber que estou indo para longe de tudo isto. Alegria por saber que amanhã mais nada disso me alcançará. Não tenham medo do amanhã quando as luzes se apagarem, ou quando a terra começar a tremer. Tenham medo do hoje, enquanto suas vidas têm um preço e podem ser passadas no cartão de crédito. Já são três horas da manhã e não consegui sentir nenhum tremor, as luzes continuam acesas. Mas como eu já disse, para mim este será o último dia. E se ainda restar sobreviventes no amanhã, espero que encontre isto. Sinto pena de vocês.

As pílulas agora começam a fazer efeito, minha vista começou a embaçar...

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terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Carpe Diem: A Despedida

Acostumado a fugir dos sentimentos nunca se imaginaria preso a este furacão. Onde seus sonhos se misturavam com suas realidades, suas definições ficariam confusas juntamente com a sua respiração quando esbarrasse novamente com aquela garota. Não sabia muita coisa sobre isto, mas sabia bem como está história tinha começado...


Madrugada de uma segunda-feira qualquer, alguns amigos reunidos em sua casa, músicas tocando ao fundo enquanto o som de conversas e risadas eram abafados. Entre as pessoas do lugar estavam alguns amigos que ele havia conhecido a pouco menos de um ano, outros que ele conhecia a vida inteira, mas todos tinha algo de muito em comum. Haviam se reunido para se despedir de alguém que agora partia para outro continente, deixando neste apenas as lembranças de tudo que viveram até ali.

Um garoto de estatura média, cabelos baixos e desordenados que se escondiam abaixo de seu boné colorido, olhos de um castanho claro. Recostado em sua cama pensando um pouco antes de voltar para o meio daquela festa. Miguel era este tipo de pessoa, que prefere ficar só no seus momentos de tristezas e junto aos outros nos de alegria. Decidiu dar-se este tempo a sós, para se recuperar e então voltar a toda aquela festa com seus amigos. Teria sido perfeito, se Lívia não tivesse se preocupado de procurá-lo, e ele não se visse agora tentando achar as palavras certas para se despedir da garota, que por muitos anos, foi a sua garota. 

O namoro já havia se acabado há alguns meses, mas a cumplicidade entre os dois nunca se desfez. Depois de  Lívia, até conheceu outras garotas, conversou com muitas, beijou bastante e dormiu com algumas, mas nenhuma saciou o desejo que ele tinha por aquela garota de longos cabelos louros, olhos verde como o mar, que no reflexo se tornavam azuis, uma pele branca e clara se contrastava pelos lábios vermelhos que a compunha. Sempre fazendo brincadeiras e rindo de si mesma, era sincera ao ponto de irritar suas amigas, mas não se preocupava com isso. Era deste tipo de garota que não tem medo de opiniões e nem se prende aos padrões que eram impostos. Era o tipo de garota que fez Miguel se apaixonar desde o primeiro dia em que a viu.

Lívia pediu para que ele não dissesse nada e que apenas a abraçasse. Confessou que preferia ter dito algo, seria menos doloroso do que fechar os olhos e lembrar de tudo o que viveram até chegarem aquele momento. Ele já havia se despedido de todos, chorado muito quando abraçou sua família, e mais ainda quando abraçou os amigos que viveram ao seu lado durante anos, que sabia mais dele do que ele mesmo. Mas isto era muito, era como deixar suas pernas em um lugar enquanto vai embora para outro, porém foram estas pernas o principal motivo pelo qual escolheu ir morar com seu tio que morava distante. Austrália, devia ser este o nome do país, agora tudo o que não queria lembrar eram nomes e distâncias. Queria esquecer-se de tudo e ficar ali por um longo tempo, pelo menos o suficiente para aquilo se tornar eterno. Afinal o fim tem a mania de ser mais forte e menos esquecido do que o começo.

Dentro do avião, algumas horas depois de toda aquela despedida. Tentou não mais chorar, optou por deixar tudo e todos para trás, era a sua vida progredindo, precisava seguir adiante. Deixou todos felizes, os amigos estavam bem, não estariam sozinhos. Sua família sentia orgulho do filho que iria trabalhar em um lugar distante, mas que havia ido atrás de um sonho. Lívia, o que falar sobre ela. Não quis pensar muito e se deixou viver as lembranças da história que viveram. Teria sido mais fácil se não a tivesse visto antes de partir, mas futuramente se arrependeria de não ter dado o Adeus. Lembrou-se do bilhete que ela colocara em seu bolso antes de se despedir por completo, pediu insistentemente que só o lê-se quando o avião descolasse, era exatamente o que faria agora.

Viveram três anos de um relacionamento conturbado, porém muito feliz. O fim se deu a algumas mágoas bobas, por coisas miúdas, mas que se tornaram gigantes com o tempo. O bilhete falava um pouco de cada momento mágico que haviam passado. Como na vez que depois de uma festa, acordaram em uma praia sem entender como chegaram ali. Ou quando a buscava em uma aula chata de matemática e fugiam dali os dois em cima de um mesmo skate velho. Miguel já não conseguiu mais conter as lágrimas, e a vontade de pular dali, com ou sem para-quedas. Sabia que ela estaria la embaixo esperando por ele. Era tarde demais. E tudo que tinha dela eram as lembranças e um bilhete que dizia:

"Aprendi a remar, aprendi a sozinha em pé ficar.
O skate fez a volta em meu pé e com ele consegui flutuar.
Com ele te vi chegar, com ele um dia de cada vez entenderei que você não voltará.
Carpe Diem"

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terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Estrada, Destino e Pegadas.

Andando em uma estrada sozinho ele para pra pensar em quanto tempo se manteve naquele caminho, olha para trás e percebe que não existe pegadas de onde ele vem e nem placas indicando para onde vai. Poderia sentar-se a beira da estrada, por mais que o sol estivesse a pino não era um dia tão quente assim, e esperar um bom coração lhe oferecer uma carona. Porém ele não sabia dizer para onde queria ir, também não queria uma jornada fácil, seguiria sozinho, sem voltar, apenas adiante. E então chegaria a um destino.






Destino, palavra engraçada compostas por diferentes letras, totalizando em sete. Cada uma com seu som peculiar, cada uma com um significado em seu alfabeto, e no fim juntas formam uma palavra, com milhões de significados diferentes. Uns costumam dizer que você é o dono dele, outros nem se atrevem a brincar com tal blasfêmia. Uns o perseguem como um Coiote no seu foguete tentando alcançar um Papa-Léguas, que o fará se envergonhar por sempre cair de um penhasco e conseguir no máximo um "ploft" com isso. Outros seguem as pistas e os detalhes que ele mostra, deixando que ele aja por si só.

Ele já havia se aventurado sobre um foguete e caído de um abismo ganhando o seu "ploft", ja havia sentado em uma cadeira e esperado que o tal chegasse junto com sua pizza de portuguesa, talvez escondido sob o presunto ou a cebola que sempre esquecera de pedir para não colocarem. Mas havia decidido desta vez ir buscá-lo, o caminho talvez não fosse tão complicado, a estrada era reta, as pegadas sumiam conforme seus passos seguiam adiante, porém precisava fazer isto sozinho, com seu próprio suor.

Seus olhos viram a frente que algo brilhava, talvez fosse o  reflexo do sol naquele asfalto seco, ou alguma possa d'água que se encontrava bem mais a frente de seu caminho. O fato que alguma coisa brilhava bem diante de seus olhos. E então como uma pedra que caí sobre sua cabeça ele entendeu. Claro que havia um brilho diante de seus olhos, era ele que tinha feito com que se levantasse, com que caminhasse e que o fez escolher seguir sempre adiante sem olhar o que ficou para trás, afinal um terreno firme nunca deixa pegadas antigas o marcar.

O tipo de terreno é você quem faz, asfalto, areia, grama ou terra, tudo depende da forma como você quer que essas pegadas o marquem. Mas seja esperto para saber que as suas pegadas devem apenas ser um marcador que fica para trás, e não algo que o faça querer voltar mais cedo para a casa. Interessante mesmo é saber o caminho de ida e nunca pensar na volta, afinal ninguém fica empolgado com o último dia do feriado.

Por falar em dias, este caminho mágico te leva a um divisor que você nem nota. Estrada longa e sem volta essa que se desdobra em 365 quilômetros inteiros e te oferece uma pequena dose de detalhes em cada um deles. O inicio desta estrada, e o tamanho do percurso quem escolheu foi ele. Achou mais fácil determinar assim, um quilômetro por dia, assim podia desfrutar de todo o clima, plantas, detalhes do asfalto a sua frente. Sem ter medo de chuvas, furacões, ventos ou tormentas que possa encontrar no meio do percurso.

No fim da sua jornada teria vencido mais um ano. De sorrisos estampados na sua face, de lágrimas escorrendo de seus olhos. Um ano de vitórias gritadas para o mundo e derrotas sussurradas num ombro amigo. De estrada retas e curvas, subidas e descidas. Alguns buracos que poderia facilmente desviar, outros que precisaria de ajuda para atravessar. No fim venceria sempre. Porque afinal neste jogo quem dita as regras é o dono dele. E me desculpe a palavra de sete letras diferentes, o papa-léguas, o coiote e o tal "ploft", mas como este seria alcançado, só ele poderia definir. Sempre adiante e sem olhar para trás, pegadas são lembranças que ficaram lá e nada mais que isso. Então continue a caminhar...

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domingo, 9 de dezembro de 2012

Parece errado?

O seu melhor só precisava ser mostrado a uma pessoa. Não precisava gritar ao mundo o quanto era bom, só precisava que ela soubesse disso. Tinha que fazer o certo, e mais uma vez abrir mão do seu melhor.


- Sabe o que me faria feliz? Saber que em todo esse tempo totalmente apaixonado por você que o que sentia por mim fosse real.

- É real, sei que é Damon. E sei o que fará. 
Por favor, não faça isso comigo.

- Não quero fazer isso, Elena. Não sou o mocinho, lembra?
Sou o Egoísta. Pego o que quero. Faço oque quero. Minto para o meu Irmão. Eu me apaixonei pela namorada dele. Não faço a coisa certa...

Mas preciso fazer a coisa certa, por Você.

- Isto parece errado?

 ..Parece errado?



E ao ser tocado seu coração disparou, deixando claro que ser feliz não é errado, você pode dizer o que tenho que fazer e me obrigar a faze-lo, mas nunca poderá me obrigar a sentir. Porque nem nós mesmos temos poder sobre isso.

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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Mais um Cara.

Quantas linhas terei que escrever para entender que o problema é a caneta e não a folha em questão? Entender que por mais macia que seja o modo de sua escrita ou como a tinta é forte e intensa, nada muda o fato das palavras saírem borradas e confusas. Manchando cada vez mais e mais folhas de um livro mal escrito. E que apesar de todo esforço, continuará sem um final.


A história hoje é de um Cara simples, mas com certo estilo de vida. Aquele de sempre, o boné na cabeça pra esconder um poco a direção dos olhos, a camiseta colorida mostrando que ele tinha bom gosto para aquilo, bermuda larga, afinal pelo menos em algum lugar ele tem que estar a vontade, tênis baixo ou cano alto, colorido ou não, porém sempre destes que chamam atenção.

A história hoje de um Cara certo, mas com gostos errados. Aquele que gosta de festejar a vida como se não existisse o dia de amanhã, como se cada segundo fosse valioso, se tratando de uma festa na casa dos amigos ou uma balada com malabares e músicas alucinantes. Se está em casa é para se arrumar para a próxima missão daquele dia, e isto envolverá algumas bebidas, cigarros e por algumas vezes, outros tipo de drogas. Tudo que o faça sair da órbita.

A história hoje é de um Cara apaixonado, mas que tem medo. Aquele que já conheceu as pessoas mais legais de sua vida e não teve coragem de ser para elas mais do que um cara que elas conheceram. Tem tanto medo de se machucar, que só diz com a boca, mesmo seus olhos e seu corpo continuando a dizer que sim. Algumas camas preenchidas por pessoas que ele sabia que nem eram tão boas assim, mas que saciaria essa necessidade básica que ele homem, como qualquer outro animal, tem.

A história de hoje é de um Cara com um sorriso no rosto durante o dia e com lágrimas escondidas numa madrugada. Aquele que está preso a uma montanha russa de sentimentos, que não consegue mais controlá-los, não sabe mais o que vem antes ou depois. Tudo é jogado nele de uma vez, e por mais que tente controlar, tudo acaba explodindo em seu rosto.

A história de hoje é de um Cara que canta sem saber a letra.
De um Cara que dança sem saber o ritmo.

A história de hoje é de um Cara que gosta sem saber o sabor
De um Cara que acha doce quando é amargo.

A história de hoje é de um Cara que ama sem saber amar.
De um Cara que sente ciumes sem ser o dono.

A história de hoje é de um Cara que já cantou, dançou, provou e amou.
De um Cara que já viveu, mesmo sem saber viver.

Hoje, mais uma história, mais um Cara.

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