terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Estrada, Destino e Pegadas.

Andando em uma estrada sozinho ele para pra pensar em quanto tempo se manteve naquele caminho, olha para trás e percebe que não existe pegadas de onde ele vem e nem placas indicando para onde vai. Poderia sentar-se a beira da estrada, por mais que o sol estivesse a pino não era um dia tão quente assim, e esperar um bom coração lhe oferecer uma carona. Porém ele não sabia dizer para onde queria ir, também não queria uma jornada fácil, seguiria sozinho, sem voltar, apenas adiante. E então chegaria a um destino.






Destino, palavra engraçada compostas por diferentes letras, totalizando em sete. Cada uma com seu som peculiar, cada uma com um significado em seu alfabeto, e no fim juntas formam uma palavra, com milhões de significados diferentes. Uns costumam dizer que você é o dono dele, outros nem se atrevem a brincar com tal blasfêmia. Uns o perseguem como um Coiote no seu foguete tentando alcançar um Papa-Léguas, que o fará se envergonhar por sempre cair de um penhasco e conseguir no máximo um "ploft" com isso. Outros seguem as pistas e os detalhes que ele mostra, deixando que ele aja por si só.

Ele já havia se aventurado sobre um foguete e caído de um abismo ganhando o seu "ploft", ja havia sentado em uma cadeira e esperado que o tal chegasse junto com sua pizza de portuguesa, talvez escondido sob o presunto ou a cebola que sempre esquecera de pedir para não colocarem. Mas havia decidido desta vez ir buscá-lo, o caminho talvez não fosse tão complicado, a estrada era reta, as pegadas sumiam conforme seus passos seguiam adiante, porém precisava fazer isto sozinho, com seu próprio suor.

Seus olhos viram a frente que algo brilhava, talvez fosse o  reflexo do sol naquele asfalto seco, ou alguma possa d'água que se encontrava bem mais a frente de seu caminho. O fato que alguma coisa brilhava bem diante de seus olhos. E então como uma pedra que caí sobre sua cabeça ele entendeu. Claro que havia um brilho diante de seus olhos, era ele que tinha feito com que se levantasse, com que caminhasse e que o fez escolher seguir sempre adiante sem olhar o que ficou para trás, afinal um terreno firme nunca deixa pegadas antigas o marcar.

O tipo de terreno é você quem faz, asfalto, areia, grama ou terra, tudo depende da forma como você quer que essas pegadas o marquem. Mas seja esperto para saber que as suas pegadas devem apenas ser um marcador que fica para trás, e não algo que o faça querer voltar mais cedo para a casa. Interessante mesmo é saber o caminho de ida e nunca pensar na volta, afinal ninguém fica empolgado com o último dia do feriado.

Por falar em dias, este caminho mágico te leva a um divisor que você nem nota. Estrada longa e sem volta essa que se desdobra em 365 quilômetros inteiros e te oferece uma pequena dose de detalhes em cada um deles. O inicio desta estrada, e o tamanho do percurso quem escolheu foi ele. Achou mais fácil determinar assim, um quilômetro por dia, assim podia desfrutar de todo o clima, plantas, detalhes do asfalto a sua frente. Sem ter medo de chuvas, furacões, ventos ou tormentas que possa encontrar no meio do percurso.

No fim da sua jornada teria vencido mais um ano. De sorrisos estampados na sua face, de lágrimas escorrendo de seus olhos. Um ano de vitórias gritadas para o mundo e derrotas sussurradas num ombro amigo. De estrada retas e curvas, subidas e descidas. Alguns buracos que poderia facilmente desviar, outros que precisaria de ajuda para atravessar. No fim venceria sempre. Porque afinal neste jogo quem dita as regras é o dono dele. E me desculpe a palavra de sete letras diferentes, o papa-léguas, o coiote e o tal "ploft", mas como este seria alcançado, só ele poderia definir. Sempre adiante e sem olhar para trás, pegadas são lembranças que ficaram lá e nada mais que isso. Então continue a caminhar...

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