sábado, 20 de julho de 2013

Maravilhas no País de Alice

"Pulando entre as matas selvagens de uma terra estranha vem o pequeno coelho. O relógio em seu pescoço e seu andar acelerado, mostram que este tem muita pressa. TicTac, é tudo o que ele pensa. Precisamos perseguir o pequeno coelho, é o que pensa aquela garota de cabelos louros. Uma lagarta em seu cogumelo fuma uma espécie de cachimbo, a fumaça é atirada em seu rosto. A garota engasga. Os cogumelos invadem as estradas por onde podemos pisar, é tudo muito estranho neste lugar. A lua é algo em comum que encontramos por aqui, exceto quando o seu corpo minguante se torna o grandioso sorriso de um gato. Este tem lá seus truques nas palavras. Talvez seja um amigo, ou apenas mais uma criatura estranha dessa terra. O gato seduz com seu tom de voz, seu sorriso é tão belo, porém tão sinistro. Os olhos são amarelos, os dentes também. Mas o coelho continua a correr, precisamos pegá-lo.


Existe um rapaz de olhos engraçados, são verdes, mas também amarelos e brilham todo o tempo. Seu cabelo é como o laranja de uma chama queimando, espalhando-se abaixo daquele enorme chapéu em sua cabeça. Tem um sorriso sinistro como o gato, pôde comparar isso ao vê-lo sentado ao seu lado na mesa durante aquele chá. O coelho resolveu parar de correr aqui, permitiu-se sentar e apreciar aquele momento. Mais um personagem se encontra nessa história, uma pequena rata com sua espada e sua incrível falta de educação, dormindo durante todo aquele chá oferecido pelo Chapeleiro.

Ouviu-se ao longe uma voz que ordenava "Cortem as cabeças". Estremecida de medo a garota se encolhe. Soldados sem um rosto marcham buscando por alguém que eles nunca viram antes. Mas que coisa mais engraçada, são cartas de um baralho. A Rainha de Copas tem lá seu jeito engraçado, talvez por isso que seja tão má. Não aceita que seus súditos riam de sua aparência. Mas a garota riu ao pensar na sua cabeça grande. Está mulher não pode ser tão terrível ao ponto de ordenar que todas as rosas brancas sejam pintadas de vermelhas, coitadas, elas deveriam poder ser o que são. 

Convidada a um jogo diferente. Sendo guiada por um Grifo que a conduz para conversar com uma Tartaruga mentirosa. Poderia rir dessa espécie, que apenas conta sobre as tristezas que sente, mesmo não existindo motivo para tal. Facilmente me lembrei de algumas pessoas que choram mais amargamente, quando tentam justificar o motivo de sua tristeza. Mas o Grifo e a Tartaruga sabem um novo tipo de dança, enquanto a pequena sabe um novo poema, mesmo que erre algumas estrofes, deixou o sentimento voar. Hora de Julgamento.

Um Ladrão de Tortas, uma rainha má. Um Rei de Copas juiz, um Coelho Branco apressado sentado ao lado do anfitrião daquele lugar. Temos algumas testemunhas, o Sr. Valete não poderá sair impune de suas acusações. Afinal, quem rouba as tortas da rainha merece ter a sua cabeça cortada. Chapeleiro Maluco é a primeira testemunha, mas a sua loucura o confunde, não sendo muito útil para o processo. Apenas enfurecendo o rei. A cozinheira da Duquesa também tem o direito de falar, por fim a garota é quem diz. Mas agora ele está crescendo rapidamente, como se bebesse uma poção mágica que a aumentasse. Nunca tomem os frascos com o nome de  "Beba-me".

Enquanto crescia, derrubou todos os jurados e os animais ali presentes. Tornando-os enfurecidos. A, agora pequena, Rainha continua a gritar para que lhe cortem a cabeça. Porém ela está trinta pés maior que a própria, e não tem medo de tal frase. "Vocês são apenas cartas de um baralho". Uma grande ofensa, todos resolvem atacá-la, querem acabar com aquele gigante, para então..."

- Alice! Alice, acorde. - Insistiu a sua irmã. - Temos que ir embora.

A pequena garota desperta de seu sono. Agora com os olhos brilhantes, percebe que conseguira sair daquele país distante, um lugar diferente, onde nunca esteve antes. Mas em suas memórias ficou um coelho branco, um chapeleiro que gostava de chá, uma rainha que corta cabeças e um gato que sorri.

- Querida irmã, preciso lhe contar sobre o País das Maravilhas.

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