quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Fragmentos do Diário de um Relacionamento

Para acompanhar leia primeiro: Fragmentos do Diário de um Beijo

Pensar que tudo começou com uma troca de olhares que ele nunca entendeu, um beijo na testa que ofereceu, um sorriso bobo que jamais esqueceu e uma mensagem que respondeu. Agora se via ali, entregue aos braços daquela garota boba que falava e falava um monte de palavras que ele nem conseguia acompanhar, só o que prestava atenção era a forma como ela mexia nos cabelos, ou como ela ficava vermelha quando ele roubava um beijo na frente de todos. 

Gostava mesmo é quando estavam sozinho, jogados em um colchão qualquer, enquanto discutiam firmemente sobre quem era o melhor no vídeo-game. As vezes ele se rendia aquele olhar esverdeado e doce que ela fazia quando perdia em algum jogo bobo de luta, era nesta hora que ela gostava de trapacear e vencer, enquanto ele, trapaceava pegando-a no colo e depositando os próprios lábios nos dela. Nesta hora costumavam brincar de forma diferente. 

Ela tinha a péssima mania de querer mostrar que sabia controlar a situação, ele gostava deste jeito "mandona" que empunha suas próprias regras. Porém sabia que ela se renderia quando sua língua tocasse a macia pele que ela tinha atrás do ombro, um pouco perto de pescoço ao lado esquerdo. Ou quando sua mão deslisasse pelo seus cabelos enquanto seus dedos transassem as linhas de sua nuca, já suada, graças aos beijos incessantes que lhe oferecia. Era pequena e delicada, ele precisava tomar cuidado com aquela vida entregue em suas mãos, seus toques intensos e investidas vorazes, eram contrastados com beijos leves e olhares bobos.

Cada peça que vestia sua pele era retirada com cuidado, gostava da surpresa que o aguardava enquanto tentava se manter controlado olhando as curvas daquela garota. Claro, um leão está a um mês sem se alimentar, então o domador resolver atirar um pedaço de carne para ele. Ele esperará pela ordem, ou devorará o próprio domador se tiver chance? Era como ele se sentia quando as peças eram retiradas. Deslizava os olhos pelo corpo nu daquela garota, a Sua garota. E que visão bela e tentadora o leão tinha dali.

Depois de alguns toques, beijos e sentimentos trocados entre os corpos agora cansados. Ela gostava de deitar ali daquele mesmo jeito, vestida com o tecido da própria pele, cobrindo-se com o lençol e deixando apenas a mostra o que a imaginação dele guardara de seu corpo. Ele gostava de fitá-la com os olhos, enquanto acariciava seu rosto com as pontas dos dedos. Poderia falar alguma coisa, mas as palavras saíram bobas e sem sentido, então eram melhor os olhos dizerem por ele. Nesta hora ela o puxava para junto de si, e colocando o braço em volta da garota a faria dormir ali, segura e feliz ao seu lado.

Ele não dormiria, não enquanto ela mostrasse precisar de proteção. E isso que ele era, o protetor que ela encontrou para sua vida. E seria sempre assim, a garota falante que o faz esquecer do mundo e o garoto tímido que a protege deste.



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