segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Vamos Jogar?

No começo acreditamos em qualquer par de olhos que fixem no nosso por mais de cinco minutos. E ali digam que farão parte de toda a história. Que serão, de uma vez por todas, os nossos pares de olhos.

Aí caímos uma vez, e tudo isso muda.

Da pra acreditar no amor depois de ter se machucado tanto por causa dele? Da para esperar um abraço apertado ao fim da noite, depois que o dia foi feito sob uma tempestade sem fim?

A resposta, mais sincera e simples, seria um belo: Não.

Porém ser sensato nesse jogo, é pura burrice. Contraditório, eu sei. Mas não tem como definir de outra forma. Quem tenta ser inteligente no jogo que o sentimento inventar, não passa de um burro que vai perder antes mesmo de chegar ao final.

Diria que após queimar a mão ao aproxima-la do fogo, nós aprendemos a não tentar toca-lo nunca mais. E no amor funciona desse mesmo jeito, porém não aprendemos nada aqui, na verdade fazemos questão de esquecer a lição toda vez que ele se aproxima. E o resultado disso é mais e mais queimaduras.

A pior parte, é tentar entender quando que isso tudo começa. Tentar entender quem comanda quem e quem gosta mais que quem. Porque nós temos essa mania de querer ser o mais sensato, porém eu já disse antes, isso é burrice.

Então como faríamos para valer a pena o amor?

Acho que a resposta é bem mais simples ainda: Sejamos burros.

Claro que sim. Só uma pessoa tola e que não ouve seu cérebro consegue, de verdade, viver todas as etapas do sentimento sem refrear e sem pedir para ir mais devagar. Ser burro implica em aceitar as regras sem fazer perguntas, mesmo elas sendo cada vez mais absurdas.

Lembra o que eu falei que acontece no começo? O que eu disse sobre acreditar num par de olhos? Só uma pessoa, realmente, burra consegue isso. E eu diria mais, diria que um completo idiota merece muito mais amar do que qualquer sábio sobre o assunto. Não sei se "merecer" é a palavra correta, mas que ele alcança isso muito mais rapidamente, é.

Então, eu me rendo.
Deixo de lado todas as lições e aprendizados. Espero que um dia eu esqueça que o fogo pode queimar a minha mão e também deixe as regras de lado. Porque amar é uma tremenda idiotice para quem sabe como jogar. Mas é um país das maravilhas inteiro para o idiota que não se importa em questionar.



E faz algum tempo que sei todas as regras. Sei onde começa e termina. Na verdade tenho dado as cartas em mais de uma partida. E a resposta é sempre a mesma, nenhum vencedor, todos perdedores. Mas uma hora cansa e saber tudo sobre o assunto se torna bobagem. Então deixemos o baralho sobre a mesa, ninguém precisa dar as cartas. Sejamos completos idiotas e sigamos as regras sem perguntar. Por fim veremos como termina a partida.

Será você ou eu, e talvez até nós.
Mas antes de qualquer coisa, preciso saber de você:

Ta afim de jogar?

Imagem: Deviant Art

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