segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Sou Amor

Oi, eu sou o sorriso frouxo. Depois da piada ruim e o que procede o som da sua chegada depois de horas de espera. Sou aquele sorriso tímido, aquela gargalhada alta. Eu sou o seu sorriso, o meu, e de quem mais estiver olhando para nós dois. Sou um sorriso bobo, porque você me fez assim.

Eu sou a música. Aquela que ninguém gosta, a outra que todo mundo quer dançar. Eu sou a música que toca na manhã de um domingo frio, céu cinzento, e nossos pés entrelaçados sob o cobertor. Eu sou a música quando você toma banho e cantarola, sou a música que sussurra em seu ouvido uma besteira romântica. E também aquela música que grita na pele quando somos mais besteiras que romance.

Muito prazer, eu sou o brilho. Primeiro, eu sou o brilho desse olhar quando se encontra com o meu. Sou aquele brilho no fim do túnel dizendo “vem cá, é por aqui, corre.”. Eu sou o brilho desses dentes miúdos quando estes se tornam o primeiro cara dessa história. Eu sou o seu brilho, sendo noite ou dia, sou quem vai te iluminar.

Quase sempre, sou o beijo. Aquele quente, apaixonado, atrás do restaurante ou em cima da mesa de jantar, naquele seu antigo apartamento. Eu sou o beijo sobre sua testa no fim de uma noite, e o beijo no seu pescoço no início de uma manhã. Eu sou o beijo com língua demais, molhado demais, mordido demais. Mas também sou o beijo calmo, apenas com os lábios, tocando-se e dizendo para não tocar.

Eu sou a respiração. Ofegante, cansada e ansiosa. Sou a respiração que sai por todos os lados do corpo, mas fica travada nas narinas. Eu sou a respiração que se cansa de trabalhar diante dos olhos teus. A respiração que não funciona quando as pernas começam a tremer, e a mesma que corre aliviada quando está certa de ter você.

Eu também sou história. De dois meninos bobos com um sonho e muita coisa na cabeça. De um casal que tinha tudo pra dar errado, mas enganaram a todos e fizeram o certo. Sou a história de uma menina de óculos e um garoto nerd com livros sob o braço. Sou a história da garota popular do colégio, e o bonitão do time de futebol. Sou a história de quem viveu, e não teve medo disso.
Às vezes, eu sou o medo. Sou o que resta depois de tudo isso, e ainda continua lá. Eu sou aquele que pede pra você ficar mais um pouco, que briga com quem olha pra você. Eu sou as mãos tremendo, o peito pulsando forte, a respiração indo embora e a estagnação no lugar. Eu sou a falta de tudo, e o excesso de nada.

Também sou o sonho. Pequeno, grande, médio, não importa. Eu sou o sonho importante, e aquele que ninguém acredita. Sou o Coelho Branco perseguido pela Alice ou o cara no escritório cumprindo seu horário de serviço. Eu sou um mar azul, um céu limpo e uma onda de três metros sendo dropada por um surfista. Eu sou a casa na praia, a viagem secreta, sou o anel de noivado e a ligação no dia seguinte.

Muito prazer, eu sou o Amor. E fico muito feliz em te conhecer.

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