terça-feira, 11 de junho de 2013

Uma Comum História

Alguém disse um "Oi" a outro alguém. Talvez este outro tenha respondido de forma rápida e sem prestar muita atenção. Porém continuaram com a segunda frase que procede essa. E logo se viram numa terceira ou quarta, ao mesmo tempo que elas se transformavam em questões sobre "quem" "o que" "por que" e todas estas outras perguntas que surgem quando você decide que quer aprender muito mais sobre um certo assunto. Costumamos fazer pesquisas, rodear todo o assunto central antes de chegar a pergunta crucial, mas nunca fugimos ao assunto, estudaremos todo o seu contexto, mas ainda sim falaremos sobre o mesmo. Como eu já disse é uma história comum, ligue uma música, descanse em sua cadeira ou deite sobre sua cama, relaxe. Histórias comuns possuem segredos nos seus detalhes, não os perca de vista.


O primeiro nome que trataremos é o nome do garoto. Procurei por uma dúzia de possíveis nomes para este cargo, bati minha cabeça enquanto pensava-os. Alguns surgiram, por um momento achei que seria legal usar o "Pedro" porém este já esteve em minhas histórias, pensei em "Miguel", mas já protagonizou outra. O que? Você acha que estou perdendo muito tempo numa questão simples? É, realmente estou. Mas os nomes são importantes, as vezes prefiro não usá-los, afinal não quero que o personagem da minha história seja único, quero que ele seja você, ele, ela, eu e todos que assim desejarem. Por fim o nome do garoto será Eduardo. Nenhum motivo em especial, apenas protagonista de uma das histórias de amor mais reais e sinceras que já ouvi, porém não será esta história que contarei, apenas usarei seus nomes. Sim, a garota se chama Mônica.

Eduardo era deste tipo que muito sabia sobre si mesmo, mas pouco contava aos outros. Quem o conhece, sabe bem o porquê dessas paredes postas sobre seu peito. Mas ele não era uma pessoa ruim, nem amargurada com toda esta questão. Era apenas um cara normal, que se apaixonava todo dia por pessoas diferentes. Afinal era como atirar um cigarro, ainda aceso, dentro de um vidro de álcool. Entra, se encontram, explodem e fim. Isso é a paixão, um fogo que explode e queima, depois se apaga. Eduardo havia decidido viver uma vida de pequena explosões, mas a verdade é que buscava um fogo mais duradouro.

Como eu já havia dito antes, tinha uma garota, denominada de Mônica. Era uma boa garota, ressentida demais, talvez. Era segura de si, isso víamos de longe, também com aqueles cabelos louros e olhos, profundamente azuis, seria difícil imaginá-la com insegurança. Era uma mulher incrível, mas também era uma garota mimada e brincalhona. Não quero que vocês a imaginem com toda a sua beleza, mas é impossível não deixar de notá-la estando diante dos olhos e sorriso da mesma. Mas ela era muito mais linda quando parava ao lado de Eduardo e com um sorriso pedia um abraço.

Agora posso ter confundido um pouco suas mentes. Afinal eles ainda não se conheceram. Mas Eduardo sabia desde o primeiro "Oi" que esta seria a Sua garota. Mônica preferiu não dizer nada, apenas olhava, sorria, deslizava as mãos sobre o cabelo. A garota atirou o cigarro aceso dentro da garrafa de álcool assim que olhou para Eduardo, mas a explosão não cessou. Eduardo apenas sorri, Mônica se esconde em sua timidez.

Existiam paredes grossas que emolduravam todo o peito de Eduardo. As mesmas que foram derrubadas assim que a primeira explosão se fez presente. Aquela garota o enganou o tempo todo, aquilo não era apenas um vidro de álcool, era um objeto inflamável da melhor qualidade, acho que era um ácido que corroía o aço e toda a espécie de objeto que colocássemos diante dele. Houve uma explosão sim, claro que houve, mas ele não a ouviu como nas outras vezes, não viu o fogo acender e apagar em velocidades impressionantes. Seus olhos ainda ardiam diante de toda aquela chama, acho que teve as retinas queimadas assim que se pôs diante dela.

Mônica continua com seu sorriso bobo, enquanto o garoto tenta compreender o que aconteceu em meio aquele fogo que ardia sem se ver. Mas como eu já lhes contei, era uma mulher incrível, mas também era uma garota mimada e brincalhona. Poderia segurar a mão de Eduardo e sussurrar em seu ouvido que sabia o que estava acontecendo, mas preferiu fazer diferente. Se pôs ao seu lado, no meio de todo aquele fogo, olhou em seus olhos e disse com eles que precisava do seu abraço.

Eduardo e Mônica nunca passaram de uma história comum. As palavras podem colorir e fantasiar sua mente, mas são apenas adornos para todo o acontecimento. O que vocês precisam entender é que o grande lance nunca foi este com o que arde sem se ver e a ferida que dói e não se sente. A história não foi sobre duas pessoas que se conheceram, nem sobre chamas invisíveis. É apenas uma história comum que acontece todos os dias, as vezes com você, com um amigo, com um desconhecido, comigo.  História comuns tem gostos simples, toques suaves, chegam sem se ver e nunca mais se vão. 

Eduardo disse um Oi. Mônica respondeu.
Ele quis saber seu nome, ela sua idade; ele perguntou sobre seus medo, ela sobre suas amizades; ele disse que era feliz, ela disse sobre o que isto significava. Ele sussurrou em seu ouvido que ela estava linda, ela não respondeu, apenas o abraçou e, desde aquela noite juntos, têm dançado uma mesma música.

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1 Comentários:

Às 11 de junho de 2013 às 16:59 , Anonymous Anônimo disse...

Raaapaz..houve descrições momentâneas que até me identifiquei com o Eduardo. O texto foi muito bem elaborado..parabéns caro amigo blogueiro. Acredito que você tenha um dom para ser escritor, sem dúvidas. Mas na dúvida, sorria. XD

 

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