segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Desculpe, mas a culpa é do signo


Nunca fui muito de me explicar, mas em alguns momentos a vida te pede. E por mais que algumas pessoas insistam que não se importam, elas vão querer saber quem é esse que tanto fala e escreve. Vão se indagar, caluniar e criar suas versões. Não sou tão singular assim, mas eu sou muita confusão.

Se duvida de mim pode perguntar por aí, e tirar suas próprias conclusões sobre os amores que abandonei. Nos amigos enquanto estava bêbado, os copos que derrubei. Pergunte a uma pessoa ou outra se eu já fiz uma piada da qual ela tenha rido mais de uma vez. Pergunte sobre mim, eu não dou a mínima, vou ouvir e fingir que nada sei.

Você pode pesquisar por aí quantas vezes morri de amores e quantas vezes voltei mais forte que uma fênix no seu estado mais flamejante. Eu já chorei feito um bebe e desejei nunca mais sair de casa, e estava no bar bebendo em outro instante. Coloquei um texto triste com letras de Caetano no facebook enquanto dançava David Guetta no meu quarto mandando umas nudes. 

Sou tão eu que já me peguei explicando para outros como é ser desse jeito. 

Aí você me diz: Nossa você deve ser um grande filho da p,..

Não, eu sou um cara simples com defeitos.

Sabe aquele cachorro feliz que te recebe quando você chega oito horas depois de um longo dia de trabalho? Sabe quando você está triste e ele fica lá te olhando, lambendo e abanando o rabo? Você sabe o que o amor dele quer dizer?

Não, eu não sou um cachorro, mas minha fidelidade me faz parecer.

Eu não viro meu pescoço para olhar outros corpos quando estou segurando sua mão. Isso não importa se você me namora, me pega, me fica, me beija ou só quer me mostrar. Se a sua mão está junta a minha é porque te respeito ali. E enquanto estivermos assim você vai saber o que é se importar, mesmo não tendo se dado conta de como isso funciona e nem se vai funcionar.

Nós, os singulares, odiamos coleiras no pescoço. Mesmo que sejamos fieis iguais cachorro, não nos confunda. Somos gatos, somos da rua e dos telhados. Nós queremos você, quando for do nosso interesse. Somos fieis a você, isso é inegável e indiscutível, mas não ache que somos sua propriedade nem seu pertence. Nós somos do céu e não aceitamos nenhum dono menor que este.

Não nos diga como falar, como andar ou como se vestir. Muito pelo contrário, se quiser dizer algo sobre minha roupa, diga para eu tirá-la, talvez aí eu até te deixe me despir. 

As vezes passo horas me olhando no espelho, mas te conquisto mesmo no meu jeito de falar. Arrumo o cabelo, troco a camiseta, mas você vai reparar no sorriso que no seu rosto eu pintar. Visto um tênis, mudo a calça, mas você vai me perguntar que música eu mais gosto de dançar. E se você me elogiar por alguma dessas coisas, vou agradecer, mas no fundo isso nem vai me importar.

Eu sou o melhor ser humano da pior espécie.
Se eu sou solteiro eu só me responsabilizo por mim.
Se sou namorado eu sou teu e fim.

Você pode ter o melhor disso em todas as fases, desde que compreenda que eu sou uma lua minguante ao acordar, cheia durante a tarde e nova antes do jantar. Porque eu mudo tanto que mal comecei a escrever deitado e agora estou ouvindo música sentado. Comecei falando sobre me explicar e agora não estou nem aí pra onde esse texto vai me levar.

Tente me conquistar, mas nunca me prender. Não tente me mudar, aprenda a me entender. Minha fidelidade não vem de compromisso para com você. Vem do contrato que eu assino comigo mesmo, numa cláusula que diz que tenho a obrigação de só fazer aquilo contigo que desejaria pra mim e então saboreie a delicia que é me ter. (em todos os sentidos desta última frase)

Por fim eu só queria lhes dizer que eu sou mesmo tudo isso que te disse aqui.
Mas não briguem tanto comigo, nem quebrem a cabeça pra tentar me definir.

Eu nasci sagitariano e é assim que eu vou morrer.

Porém vou continuar a sorrir com
ou sem você.

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