sexta-feira, 25 de maio de 2012

Lobisomen - Capitulo 1 - Décimo Terceiro 6/6

- Por favor. Chris. – A voz de Cintia saía fraca em meio a tanto choro...[Leia Antes]


Foi quando soltou John e recuou um pouco de perto dos dois, pisou em algo que fez com que virasse violentamente para o lado da piscina, foi então quando olhou e viu seu próprio reflexo. Suas sobrancelhas pareciam ter se unido, seus olhos estavam amarelos envolvidos por uma olhera roxa, seu rosto sujo de sangue parecia esconder os seus dentes um pouco mais salientes que o comum. Parou por um minuto e percebeu que aquilo não era ele, se virou e viu, todos seus amigos assustados, seus familiares chorando e entre eles, estava Ela, chorando a suas costas pedindo para que não fizesse aquilo.

Seu pai foi quem caminhou em sua direção e o tirou do meio daquela multidão que olhavam assustados, olhou para John no chão e viu que seu rosto estava todo arranhado, como se garras o tivessem cortado, cortes profundos pareciam ter sido feitos com uma lamina afiada. E percebia que foi ele quem fizera aquilo, seu pai o olhava com medo, o mesmo olhar que todas as pessoas que ele amava lhe lançaram durante o acontecimento. Não podia suportar mais nem um segundo daquilo, empurrou seu pai que caiu violentamente contra o chão, correu em direção ao nada, sem saber aonde ir, corria sem direção alguma, queria se livrar daquelas vozes gritando em sua cabeça, e daquela visão amarelada, onde parecia enxergar tudo a sua frente por mais escuro que estivesse. Encontrou um caminho da terra, onde parecia levá-lo para dentro de uma mata densa, onde as florestas pareciam se fechar a cada passo que dava, já não via mais aquele céu estrelado sob sua cabeça, só o que conseguia ver eram as copas das arvores se intensificando cada vez mais.  Sentia o sangue misturando-se com as lagrimas que escorriam no seu rosto, em sua mente só conseguia lembrar-se de todos o olhando como se fosse um monstro, mas era o que ele realmente era, um monstro, o qual havia sentido vontade de matar aquela pessoa, sentia prazer ao vê-lo sofrer e quis que sentisse cada vez mais dor. E por um instante aquela voz em sua cabeça havia sumido, já não ouvia mais nada, enquanto podia correr parece que tudo sumia da sua cabeça. E então por toda a noite correu por dentro daquela floresta tentando fugir daquele monstro que parecia o seguir por toda parte.

Os raios de sol lutavam para passar pelas finas brechas das copas daquelas arvores que pareciam se fechar formando uma só. Chris abriu os olhos e se assustou ao perceber que não estava em sua casa. Já que a ultima coisa que se lembrará é de John lhe dando um soco, o qual o tinha feito apagar e não se lembrar de mais nada. John não o teria feito aquilo com ele, jogando o no meio da mata fechada, ele sentia certo ciúmes de Cintia, mas não a este ponto. Neste momento seu telefone começou a tocar e viu que era seu pai.

– Chris. Esta tudo bem com você? – dizia ele em um tom de voz alterado, parecia desesperado por uma resposta. – Desde o que aconteceu ontem eu não o vi mais.

Por um momento Chris hesitou em responder, o que teria acontecido para ele estar naquele lugar, ainda mais com sua roupa coberta por sangue – Eu não sei direito, onde eu estou? – Dizia com a voz tremula, chorando. Sillas percebeu que ele não se lembrava de nada o que havia acontecido, o que o deixou mais preocupado já que agora não saberia onde seu filho estava, já que nem ele mesmo sabia. Pediu para descrever o local, mas Chris só conseguia falar a respeito de um monte arvores, estava muito assustado.  Vinham cenas em sua cabeça da qual não entendia. Todos aqueles pesadelos, uma mulher vestida de branco que chamava seu nome, o sofrimento de todos que ele amava, um rosto deformado, aquela floresta que sonhou durante todos os dias, o olhos amarelos que o seguiam por onde quer que fosse. Tudo que entendia era que havia algo de errado, e que, de alguma forma, havia perdido todos os sentido na noite anterior, mas as imagens de coisas que não lembrava corria entre sua mente. Só se lembrava de duas coisas: A Lua e o Sangue.

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