sexta-feira, 18 de maio de 2012

Lobisomen - Capitulo 1 - Décimo Terceiro 5/6

“Meu sangue... Seu sangue” Ele tremia, não entendia o que estava acontecendo, levantou-se cautelosamente evitando olhar para o espelho saiu do banheiro...[Leia Antes]


Por um instante sentiu seu coração acelerar, seu sangue fervia dentro de sua pele e então viu logo a sua frente. Os longos cabelos negros caiam sobre seus ombros, ela andava e aquela imagem duraria por horas na sua mente, cada passo era a mais bela dança, como se os Deuses cantassem para aquela linda criatura dançar, envolvida por um vestido de um azul celeste feito por anjos, lançou-lhe um belo sorriso iluminado pelas estrelas que acendiam aquela noite.

- Parabéns Chris – Disse Cintia dando-lhe um enorme abraço. Esqueceu-se de tudo que acabara de ver e ouvir. Abraçaram-se, Chris sentiu como se tudo em sua volta tivesse parado por horas e que nada mais importava só ficar ali. Até que a voz das pessoas ficando um pouco mais alta à medida que se aproximavam os despertou deste momento. – Desejo toda a felicidade para você. – Ela falava agora meio acanhada tirando os braços dos ombros de Chris.

John parecia não ter gostado muito do que viu, já que ao se abraçarem não perceberam que ele chegara ao local. Olhou para Cintia e entrou para o salão, ela o seguiu tentando conversar, mas este parecia estar irritado. Chris sentia certo prazer naquela situação, não tinha nada contra John, mas Cintia era a sua garota e isso talvez fosse muito a se pensar. Os dois foram para o lado da piscina e então começaram a discutir, ele pensou em se desculpar, mas achou melhor não se intrometer, John o olhava com raiva nos olhos, então Chris deu de costas. Olhou para o alto e viu por atrás das nuvens uma luz branca, que se mostrava avermelhada conforme se descobria. A Lua Cheia tem a sua beleza, o melhor presente que um jovem apaixonado daria a garota culpada de seus suspiros. O sangue de Chris fervia, aqueles olhos amarelos pareciam ficar mais intensos em sua cabeça, foi quando voltou seu olhar para a Lua e viu o tom vermelho sangue a sua volta, e aqueles olhos amarelos a te olhar lá de cima.

                Caiu no chão graças a um empurrão que veio pela suas costas, sem entender sentiu uma pontada em sua barriga, o chute lhe bateu com tanta força que parecia que ia lhe perfurar, tentou se levantar, mas uma mão veio em direção a seu rosto, e com aquele impacto sentiu imensa dor em seu nariz. Foi quando caiu novamente. Ele nunca havia brigado não sabia se defender, o que podia fazer é tentar proteger seu rosto para não levar tanto. Um chute veio em sua perna, agora deitado no chão, John sentou em cima de seu peito e prendeu seus braços, o enchia de socos no rosto, sentia sua pele cortar e via a cor de sangue nas mãos de John. Tentava se defender, só o que ouvia é a voz de sua amada gritando por ajuda enquanto era mergulhado naquele rio de vergonha, como poderia defender aquela linda garota se não podia nem se defender. Sentiu seu corpo adormecer, cada vez mais John o espremia contra o chão, cada batida parecia forçar o seu coração. Ouviu a quilômetros dali o relógio soando na catedral, cada badalada parecia que o gosto de sangue se intensificava na sua boca, e seu coração batia conforme o relógio, já na quinta badalada ouvia rosnados em seus ouvidos; na sexta percebia que já não sentia mais aquilo; na sétima seu sangue parecia borbulhar dentro de sua pele; na oitava seu coração acelerou desesperadamente; na nona sentia uma raiva imensa te dominar; na décima viu o medo nos olhos de John; na décima primeira badalada sentia prazer naquele gosto na sua boca; na décima segunda parecendo que uma imensa nuvem negra tivesse coberto seus olhos, abriu e agora todo o céu estava amarelo, olhou para John que havia cessado o ataque, e tremia sobre Chris. Não sentia mais dor, sentia seus braços livres como se John não estivesse sentado ali, os levantou e John caiu para frente. Ele ainda estava sobre seus braços, mas Chris não o sentia mais. A voz gritava em sua cabeça “vá meu filho...” Uma raiva tomou conta de Chris e como se não houvesse ninguém naquele lugar virou-se para cima de John.

- NÃO ! – Seu pai gritava tão alto que parecia ser a única pessoa ali no meio de tantas outras, mas Chris não deu ouvido a ele. Virou-se para John que parecia muito assustado, com as mãos cheias de sangue, tremia agora, implorava perdão.

- Por favor, Chris, me perdoe, quando eu te vi com a Cintia eu não sabia o que fazer.

- Você queria me matar, e agora esta me pedido perdão? – Sua voz saiu em um tom mais grave, como se rosnasse contra o inimigo. Só sentia seu sangue ferver, e sentia seu coração acelerado de tal forma que parecia querer explodir, a força que passava por entre seu corpo era algo inexplicável. Aproximou-se de John, o olhou nos olhos, sentiu prazer ao vê-lo chorando de medo. O jogou para trás, com tanta força que ao bater no muro dava para vê-lo tremer, em um salto chegou perto de sua presa, deu um rosnado como um animal feroz e então o pegou pelo pescoço e o olhou nos olhos, sorriu com um prazer imenso, esquecendo de todos que estavam naquele local, deu lhe um soco no rosto e sentiu a sua pele cortando, o sangue escorria entres seus dedos e então o prazer tomou conta dele, começou a esmurrá-lo, a cada batida via o sangue em suas mãos, entrou em um estado de frenesi e cada vez mais rápido batia no rosto de John, enquanto seus amigos e familiares gritavam para parar, Chris sorria e se deliciava com aquilo. Soltou John no chão e ouviu bem baixinho.

- Por... favor.. Chris. – A voz de John parecia lutar para sair no meio de tanto sangue que havia em seu rosto. Chris sentia aquele cheiro e queria mais. Pegou-o pelo cabelo e o arrastou para perto da piscina, colocou seu rosto sobre a água mostrando a ele o reflexo de toda a deformação em seu rosto.

- Garota nenhuma mais vai te querer – O ódio em Chris era evidente em sua voz, voz que agora causava arrepio nas pessoas que estavam naquele local – Eu vou acabar com seu sofrimento – Puxou John para perto, e olhando dentro dos seus olhos para sentir seu desespero. Sentiu alguém batendo em suas costas e ao se virar com fúria viu aquela pequena garota, chorando, lutando para que Chris não fizesse o pior.

- Por favor. Chris. – A voz de Cintia saía fraca em meio a tanto choro.

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